sexta-feira, 25 de maio de 2012

Visão Geral



UNIP – Universidade Paulista
Resenha
Livro Texto e Leitor - Aspectos Cognitivos da Leitura
Autora Angela Kleiman
Editora Ponte, São Paulo, SP, 2012.

Ler não é apenas formar palavras mentalmente. Ler requer imaginação e compreensão. Dessa forma, a autora Angela Kleiman nos explica os conhecimentos prévios que obtemos ao longo de nossa vivência, como: o conhecimento linguístico, ou textual, o qual aprendemos novas palavras e nomes dos objetos; e o conhecimento de mundo, que existe em nossa mente sobre tudo que já vimos ou ouvimos falar. Kleiman quer que entendamos que o texto e o leitor possuem uma ligação a qual o leitor não é só passivo, recebendo informações, mas é também ativo no momento em que compreende o que o autor quer dizer.
No capítulo seguinte, a autora nos mostra que a compreensão de um texto tem a ver com cada leitor, pois cada um tem seu jeito próprio de ler, compreender o texto e inferir palavras. Os textos podem possuir diversas visões e sentidos, depende do ponto de vista do leitor. Há estratégias de leitura e cada leitor tem seu jeito único de ler, inferir, lembrar. Podemos, por exemplo, fazer uma análise de texto com objetivos específicos, criando hipóteses, isto é, ler e conscientemente controlar nossa compreensão. Kleiman deixa claro que, quanto mais pratica-se a leitura, mais desenvolve-se e aprimora-se estratégias metacognitivas na leitura.
No Terceiro capítulo, a autora mostra-nos os elementos que relacionam-se e que também são instrumentos para entendimento global de um texto. Existem muitas regras na leitura, Kleiman cita várias, sempre deixando claro como e em que ordem elas funcionam.      
No quarto capítulo, Kleiman aborda mais uma vez o assunto: texto e leitor. Explica o nível de ligação entre eles, exaltando a cumplicidade que ambos devem possuir.
Com auxílio de outros autores, Kleiman traz nesse livro a importância de ler e saber compreender utilizando ferramentas que já possuímos. E como é importante levarmos esse conhecimento em sala de aula, formando novos leitores enriquecidos de vários aspectos, humanísticos e criativos, do ato de ler.

Por Giane Estevan
       Fanuel Ferreira
       Ariana Cavalheiro                                                                                         

       Camila Capps
       Maria Valéria
      

INTERAÇÃO NA LEITURA DE TEXTOS

UNIP – Universidade Paulista
Resenha
Livro Texto e Leitor - Aspectos Cognitivos da Leitura
Autora Angela Kleiman
Editora Ponte, São Paulo, SP, 2012.

            No capítulo quatro, Kleiman aborda a relação entre o leitor e o autor. Ela cita que anteriormente "a linguagem já foi caracterizada como o intrumento mais eficiente para interferir na vida interior do homem", e, por este motivo, ela enfatiza a importância da pessoa que escreve uma obra e a outra que a lê.
            Segundo a autora, a leitura pode ser definida como uma atividade difícil se for o caso de algum texto ser lido por alguém que já possui na cabeça ideias e crenças que não tem pretenção alguma em mudar. Assim sendo, nas concepções de Kleiman, mesmo que o texto possua elementos formais, é lido com desprezo pois o leitor permance ensimesmado com suas opiniões.
            Em uma conversa entre falente e ouvinte, o primeiro pode  utilizar-se de alguns recursos (gestos e objetos) para que o segundo compreenda e aceite sua ideia com maior facilidade. E isso, porém, não é possível em um texto escrito, pois, o mesmo é construído apenas com palavras, e, somente as palavras, vão poder conduzir o leitor a ideia que o autor deseja apresentar.
            Para que o texto seja aceito como uma ideia positiva ou negativa depende do conhecimento que o leitor tem sobre o tema escrito e também sobre quem o escreve. Se o texto, por exemplo, é sobre um assunto do qual já temos um conhecimento prévio, a compreensão vai ser bem diferente de alguém que não saiba nada sobre o assunto. E se já lemos outras obras do mesmo autor a compreensão pode ser mais diferenciada ainda.
            Com dois exemplos de propaganda que Kleiman escreve no capítulo quatro, fica claro que um autor se torna mais categórico, ou seja, preciso e exato, quando quer vender algum produto. As palavras são mais firmes e não há expressões que levam o cliente a duvidar. Diferentemente de um texto de Levi-Strauss, também citado, que o autor utiliza expressões de dúvida, como por exemplo. "para  tentar pôr em evidência" e não "para pôr em evidência".O autor não está apenas informando algo e sim, de alguma forma, discutindo o assunto sobre o qual está escrevendo.
            Há uma grande relação entre o leitor e o autor. Cada pessoa compreende um texto de uma maneira que só é possível a partir de seu conhecimento de mundo, ideias e objetivos com relação ao que está lendo. E Kleiman evidência que um texto só existe por que há alguem querendo discutir algo e construir conhecimento.

Por Fanuel Ferreira
       Ariana Cavalheiro                                                                                         

       Camila Capps
       Maria Valéria
      Giane Estevan

sexta-feira, 11 de maio de 2012

ESTRATÉGIAS E PROCESSAMENTO DO TEXTO

UNIP – Universidade Paulista
Resenha
Livro Texto e Leitor
Aspectos Cognitivos da Leitura
Autora Angela Kleiman

Estratégias e processamento do texto.
No texto a autora concentra-se nos elementos extralingüísticos,que definindo o que é  texto para o leitor.
Ele é visto por alguns especialistas como unidade semântica, em que vários elementos de significação  são materializados através de categorias estruturais, lexicais, sintáticas.
Esse capitulo a autora apresenta diversos exemplos de textos que podem ser utilizados em sala de aula, apresentando diversos gêneros. Em alguns gêneros havia presença de item um lexical que poderia fazer a diferença entre um texto coerente ou incoerente, o elemento formal funciona entre um elo que permite ligar as diferentes partes do texto.
Através dos  exemplos citados pode-se observar que o leitor começa a se tornar ativo,e não passivo. A  partir do momento em que ele compreende o que o escritor quis dizer.
Exemplo:(1) ’’Perseguido pelos  caçadores, um pobre veado escondeu-se bem quietinho dentro da cerrada moita.
O abrigo era tão seguro que nem os cães o viram. E o veado salvou-se. Mas, ingrato e imprudente, passado o perigo, esqueceu do beneficio e pastou a benfeitora (...)
(2)’’ O homem estava preocupado. Seu carro parou, por fim, e ele estava completamente só. Estava muito frio e escuro. O homem tirou seu casaco, abaixo o vidro da janela e saiu do carro tão rapidamente quanto for possível. Em seguida usou toda sua força para sair o mais rapidamente que podia. Sentiu-se mais calmo quando por fim conseguiu ver as luzes da cidade, embora ainda estivessem mais distantes (...)
Quanto maior for o conhecimento textual o leitor obtiver , mas fácil será sua compreensão. A atividade de leitura deste texto tem dois princípios: a coerência e a formulação de hipóteses, o começo da coerência esta ligado ao engajamento do leitor, a partir dos seus objetivos e propósitos.
É importante que o leitor após  o término do livro perceba que a autora se fez presente durante todo tempo. Ela investigou, procurou e publicou os diversos caminhos para ajudar quem precisa entender os aspectos cognitivos, quanto maior for trabalhada a leitura, mais o leitor conseguira  entender e ao mesmo tempo desenvolver mas formas de compreensão do texto.

Por Ariana Cavalheiro                                                                                         
Camila Capps
Maria Valéria
Fanuel Ferreira
Giane Estevan

OBJETIVOS E EXPECTATIVAS DE LEITURA

UNIP – Universidade Paulista 
Resenha
Livro Texto e Leitor
Aspectos Cognitivos da Leitura
 
Autora Angela Kleiman

Capítulo 2. Objetivos e expectativas de leitura

O capítulo um do livro de Angela Kleiman (“O conhecimento prévio na leitura”) tratava do conhecimento mútuo entre leitores e autor.
O segundo capítulo, sob o título de “Objetivos e expectativas de leitura”, analisa minuciosamente a relação mais íntima entre autor e leitor.  Encara o texto, não como algo estático, de propósitos e finalidades inanimadas e incapazes de sofrerem transformação, mas sim como algo vivo, maleável, que depende tanto de seu nascimento por parte daquele que o escreve, como também dos passos futuros que dará na mente de quem o lê.


Logo no início do capítulo, Kleiman nos brinda com uma citação de Virginia Woolf: “O único conselho, de fato, que uma pessoa pode dar a outra sobre leitura é o de seguir conselho nenhum, seguir seus instintos próprios, chegar a suas conclusões próprias”. 
Partindo desse trecho, a autora expõe experiências e argumentos para explanar o aspecto individual de cada leitura. Assim, o sentido do texto dependerá do conhecimento prévio, bem como da vivência de mundo pertencente ao leitor.
 
Mas o que nos faz assimilar ou não detalhes e informações de um determinado texto?
Segundo a autora, para que possamos obter um aproveitamento melhor de uma leitura, devemos impor a ela um objetivo. Delinear um objetivo é despertar nossa atenção seletiva, fazendo-nos focar em determinados aspectos e descartar os demais.
 
Portanto um mesmo texto pode ter sua compreensão parcialmente ou totalmente modificada dependendo do objetivo do leitor. Kleiman em relação à compreensão apresenta uma experiência em que um texto contendo a descrição de uma casa deve ser lido por dois grupos, um com a finalidade de comprá-la e outro de roubá-la. Ao final da leitura, cada grupo deve fazer um levantamento com os detalhes assimilados. Os dois grupos apresentam detalhes completamente diferentes, uma vez que seus objetivos iniciais eram diferentes.


Essa capacidade de estabelecer objetivos na leitura, assim como o controle e regulamento do conhecimento próprio, é chamada de metacognitiva. Ao longo dos anos vamos aprimorando tal capacidade. É ela que nos permite avaliar, por exemplo, o tempo que disponibilizaremos para realizar uma atividade. 
Após o apontamento do ou dos objetivos da leitura temos a formulação de hipóteses. Para Kleiman, “o leitor engajado testa suas hipóteses”. Ou seja, assim que começamos a leitura de um texto, primeiro nos perguntamos qual o propósito de fazê-la. A seguir levantamos uma série de hipóteses respaldadas pelo conhecimento que temos acerca do assunto, autor e contexto.  No decorrer da leitura, testamos qual hipótese permanecerá ou será descortinada.
 


Encontra-se aí a diferença entre um leitor maduro e uma criança em fase de alfabetização. A criança apenas decodifica palavras, enquanto o leitor maduro submete a um conhecimento global da língua e interpreta-as, banhadas em sua vivência.
Desta maneira podemos então questionar se o surgimento das hipóteses se dá apenas quando possuímos prévio conhecimento sobre o assunto. Para derrubar esse questionamento, a autora expõe outra experiência: Leitores são submetidos à leitura de um texto sem que o autor seja conhecido e sem explicações sobre a temática. A primeira sequência do texto leva o leitor a crer que se trata de uma descrição de manifestação popular. Para exemplificar segue-se então, um trecho sobre uma aterrissagem. Por fim o autor volta a citar elementos representativos de manifestação popular. Quando questionados sobre o trecho da aterrissagem, os leitores demonstraram não se lembrar dele.
 
Assim, logo no início da leitura uma hipótese foi lançada, ainda que testada posteriormente em uma pequena frase, a mesma hipótese foi reforçada ao final do texto. A atenção do leitor descartou então, o que não julgava necessário para o entendimento do mesmo.


Através das páginas de Angela Kleiman, sentimo-nos convidados a valsar a velha dança entre texto e leitor, em que não há apenas um condutor, mas sim uma sucessão de passos, hora previsíveis, hora imprevisíveis. Coreografados ou espontâneos. Tímidos ou espalhafatosos. É possível remeter então, às vezes em que ao iniciarmos uma leitura, não nos sentimos envolvidos, não nos entregamos a essa dança, não desafiamos nossos passos e por fim desistimos ou dizemos não ter entendido ou apreciado. Passa-se um tempo e ao tentar retomar a leitura, caímos suavemente na valsa. Conduzimos e somos conduzidos e não podemos compreender porque não aconteceu antes. 
Ora não éramos os mesmos, nesse espaço de tempo, algo sucedeu-nos para nos colocarmos em compasso com a sincronia dessa dança.


Por Camila Capps
      Maria Valéria
      Fanuel Ferreira
 
      Giane Estevan
      Ariana Cavalheiro.